Exu/Eleguá
- ifawede
- 13 de jan. de 2017
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Exu (èṣù - em iorubá) retrata a mobilidade de Olodumare. É um orixá astucioso, interesseiro e travesso. Não obstante, é também prestativo e generoso, quando lhe agraciam ou quando lhe interessa. Exu, apesar de ser único, apresenta duplicidade em suas ações, podendo agir para o bem ou para o mal, de acordo com sua conveniência. Esse caráter divergente adere a ele uma semelhança com os humanos.

Anos atrás, quando os escravos chegaram ao Brasil, a imagem de Exu acabou se perdendo por meio do sincretismo. Diferentemente dos outros Orixás, Exu foi associado a imagem do Diabo, ao "coisa ruim".
Mas é importante saber que Exu não é antagônico a Olodumare e não o afronta com suas ações. Ele é parte do início da existência. Uma de suas funções é intercomunicar Olodumare, Orixás e homens. Ele tem o consentimento para conectar o Orum (Céu) com o Aiê (Terra).Ele está sempre intercedendo em nome dos orixás e dos homens aos pés de Olodumare.
Senhor dos caminhos, é ele que possibilita os trajetos propícios para a concretização dos desejos dos seres humanos. Ele pode, até mesmo, se interpôr quando aparecem dificuldades ou perigos. Está sempre cruzando os caminhos do mundo, gosta de ser prestigiado nas ruas, nos encontros e nas divisões das encruzilhadas - são lugares de enorme concentração de forças e poderes, onde se encontram energia e agitação.
Exu é sempre o primeiro a receber as oferendas, pois este é quem vai convocar os demais orixás. Ele é chamado de assiwaju (o que vem na frente).

Os filhos de Exu são pessoas com personalidades ambíguas, não obedecendo aos conceitos que a sociedade aceita como normais. Estão sempre à procura de evolução, utilizando sua esperteza e perspicácia para congui-la. São brincalhões, com pensamento ágil, adoram a noite, gostam de beber e comer bem. Festas e confraternizações os deixam felizes, certamente.
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